27 de novembro de 2009

Me Odeie Tanto Quanto Possível


Eu lembro cada beijo que eu te dei!

Me odeie. Me odeie como nunca odiou alguém, se esforce pra isso. Me imagine como a pior das criaturas, algo que tu não suporte. Eu quero que tu acorde todos os dias fazendo planos pra destruir a minha vida. Que olhe pra mim e sinta tanta raiva quanto for possível. E eu peço isso porque não agüentaria a indiferença. Se não existe mais amor entre nós, por favor tenha algum sentimento em relação a mim. Se o único possível for ódio, serei feliz por tu pensar em mim, não importa o jeito.

Mas indiferença, não, por favor, não me venha com ela. Não quero e não posso e não suportaria virar apenas um rosto largado em fotos esquecidas pelas gavetas. Só um nome largado em meio a tua agenda telefônica, um número desconhecido no celular. Me recuso virar apenas mais uma lembrança vaga, hermética, uma daquelas que não causam nenhuma emoção quando relembradas.

O afeto não é mais possível, e eu tenho uma boa parcela de culpa nisso. Então simplesmente me ache um imbecil, um cretino, um filho-da-puta. Ache de mim o que quiser, mas ache alguma coisa. Lembre meu nome e repita ele dezenas de vezes, com muito ódio na fala, rancor nos olhos. Pare e pense em mim, lembre de tudo e deseje que eu morra. Porque se tu não desejar isso, ou qualquer outra coisa, se eu for um enorme vazio, aí sim, vou morrer de verdade.

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